Bem vindos!
UMA LUTA EM PROL DA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, DA FAMÍLIA E DA CIDADE
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
TROCA DA PROVA BRASIL POR ENEM CUSTARÁ R$ 17 MI A MAIS
Ministro da Educação tem a intenção de tornar o Enem obrigatório para "turbinar" o Ideb
A substituição da Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), como planeja o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pode custar pelo menos mais R$ 17 milhões por ano.
A primeira alteração a ser feita, caso se concretize a ideia do ministro, que pretende com a mudança "turbinar" o Ideb, é tornar o Enem obrigatório, o que significaria incluir entre os avaliados mais 300 mil concluintes do ensino médio. A conta, feita com base no custo por aluno da prova deste ano, pode ser maior se o Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), que prepara o estudo pedido por Mercadante, concluir que será necessário também ampliar a estrutura de aplicação da prova.
Este ano, com o Enem feito em 1.680 municípios, o custo foi de aproximadamente R$ 57 por candidato. A perspectiva do Ministério da Educação é trabalhar com o mesmo valor. Os 300 mil concluintes que não farão a prova e terão que ser incluídos, no entanto, podem estar em cidades mais distantes e locais de mais difícil acesso, o que poderia obrigar o ministério a ter que ampliar o número de cidades onde a prova é realizada e, consequentemente, toda a estrutura de distribuição e pessoal e o gasto necessário.
O custo, no entanto, não é uma grande preocupação no MEC. Com um dos maiores orçamentos da Esplanada, o ministério já irá gastar este ano R$ 332,6 milhões para que 5,79 milhões de candidatos possam fazer o Enem - número que inclui estudantes de outras séries e que já concluíram o ensino médio.
Os R$ 17 milhões a mais, avaliam integrantes da Pasta, não são considerados um grande problema. Há outros, mais complicados, que podem até mesmo impedir que a proposta de Mercadante se torne realidade.
A ideia saiu da cabeça do ministro. A proposta logo entusiasmou o resto da equipe porque poderia ampliar a quantidade de alunos avaliados. Hoje, a Prova Brasil é a única do Ideb que é por amostra, e não censitária como os testes do 5º e do 9º ano. Em 60 dias, o Inep precisa entregar um estudo que deverá dizer se é viável usar o Enem como parte da Prova Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Prova Nacional selecionará professores da educação básica
O ministro da Educação anunciou a primeira Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente. O objetivo é aplicar uma prova única para selecionar professores para as redes de ensino de todo o país. A primeira edição selecionará professores dos primeiros anos do ensino fundamental e deve acontecer em setembro de 2013.
Os municípios e estados poderão selecionar os profissionais a partir do banco de classificados. A prova deve beneficiar especialmente os municípios menores que não precisarão organizar seus próprios concursos, caso optem por aderir à prova.
A matriz dos conteúdos já foi publicada e está disponível desde março de 2011.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Propaganda Eleitoral: o que pode e o que não pode
Caso queira ler a Resolução TSE na integra acesse o endereço abaixo e faça o download: Resolução TSE23.370
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Apesar de crescer nos anos iniciais, Ideb preocupa no final do fundamental e no ensino médio
Na última terça-feira (14), o MEC divulgou o "boletim" da educação brasileira. O resultado, apesar do crescimento em todos os ciclos avaliados, ainda é preocupante pois demonstra que a qualidade do ensino avançou pouco em termos educacionais.
As notas dos anos finais (5º-9º anos) do ensino fundamental (4,1) e do ensino médio (3,7) cresceram apenas 0,1.
"Nos anos finais, também superamos a meta. Continua uma trajetória de crescimento consistente, é um resultado bastante significativo, mas não teve a mesma velocidade dos anos iniciais", afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação) em coletiva na tarde desta terça (14).
IDEB 2011 - BRASIL
| Índice | Meta |
1º-4º ano fundamental | 5,0 | 4,6 |
5º-9º ano fundamental | 4,1 | 3,9 |
Ensino médio | 3,7 | 3,7 |
Em 2011, os anos finais "tiraram" 4,1, contra 4,0 em 2009, 3,8 em 2007 e 3,5 em 2005. Ou seja: a cada etapa, a nota tem crescido menos. Mesmo assim, em 2011, a etapa cumpriu a meta, que era de 3,9.
Em 2009, o Ideb para o ensino médio foi de 3,6, apenas 0,1 acima da meta daquele ano (que era 3,5). Em 2011, o resultado foi exatamente igual à projeção. Se continuar nesse ritmo, dificilmente o ensino médio conseguirá escapar da "reprovação" na avaliação de 2013, quando precisará ter crescido 0,2 ponto e chegar a 3,9.
O ciclo que manteve o ritmo foi fundamental 1: 0,4 ponto. A nota nos anos iniciais (1º - 4º anos) chegou a 5, numa escala de zero a dez - na última edição, em 2009, a nota tinha sido 4,6.
"O crescimento é muito pequeno", afirma Romualdo Portela de Oliveira, pesquisador e professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Segundo ele, há dois fatores que precisam ser levados em conta na análise dos dados e que minimizam a importância desse aumento no Ideb. O primeiro deles é que as condições sócio-econômicas dos alunos influenciam "fortemente" os resultados e a economia do país cresceu nos últimos anos. E, depois, à medida que o Ideb se torna conhecido e ganha importância, a tendência é que a atenção sobre ele ajude a melhorar os resultados das escolas.
Ensino médio
O ensino médio ainda se mostra a etapa mais crítica. "O ensino médio sofre de carências que vêm se acumulando, principalmente com a população mais pobre. A falta de um padrão mínimo de qualidade também atinge essa etapa escolar", afirmou Luiz Araújo, colaborador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Os resultados do ensino médio mostram que nove Estados tiveram redução das notas: Acre, Maranhão, Espírito Santo, Pará, Alagoas, Paraná, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul. Em 2009, a diminuição das notas foi verificada apenas em Roraima e no Distrito Federal.
A diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, é enfática: "o Brasil não consegue avançar [nessa etapa]", lembrando que há avanços a serem comemorados nos anos iniciais.
Para Romualdo Portela Oliveira, as notas do ensino médio, assim como as dos anos finais do fundamental, "evidenciam problemas acumulados, não necessariamente nessas duas etapas". Caso contrário, o progresso visto nos anos iniciais deveriam aparecer também nessas etapas de ensino.
Fundamental 2, o "nó invisível"
Para Priscila Cruz, os últimos anos do ensino fundamental são a etapa mais desassistida. Segundo ela, existe uma crise de identidade porque nem é exclusivamente municipal, nem é exclusivamente estadual como é o caso dos fundamental 1 (predominantemente municipal) e do ensino médio (que é estadual, em sua maioria).
"[Essa etapa] é o nó invisível: a evasão se intensifica, a repetência aumenta e ganho de conhecimento perde fôlego", afirma Priscila. "[O fundamental 2] está espremido, a gente tem que dar uma atenção especial à essa etapa."
Segundo ela, não se pode esperar um movimento natural de crescimento como resultado das boas notas dos anos iniciais. "Se não tiver políticas específicas para essa etapa, [ela vai acabar] barrando crescimento do fundamental 1", diz.
O que é o Ideb
O Ideb mede a qualidade da educação no Brasil por meio da combinação do nível de conhecimento dos estudantes com a porcentagem de aprovação dos alunos. Ele é calculado e divulgado a cada dois anos.Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/14/apesar-de-crescer-nos-anos-iniciais-ideb-do-final-do-fundamental-e-do-ensino-medio-preocupa.htm
domingo, 12 de agosto de 2012
COMISSÃO ESPECIAL VAI PROPOR UM NOVO MODELO PARA O ENSINO MÉDIO NO PAÍS
A cada 100 alunos que entram no ensino fundamental, apenas 44 continuam nos bancos escolares até o ensino médio. Desses 44, metade abandona as salas de aula e somente 12 chegam à universidade, conforme dados coletados no ano passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Um dos principais motivos para esses índices, segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), é a inadequação do ensino médio à realidade dos jovens. Uma comissão especial da Câmara pretende ajudar a resolver o problema.
Instalada no dia 23 de maio, a Comissão Especial da Reformulação do Ensino Médio reúne até o momento 24 deputados de 13 partidos para encontrar um modelo melhor para a última fase da educação básica no País. "O problema é que o modelo atual é uma etapa meramente intermediária para que aluno possa chegar à universidade. Por isso, não responde às demandas da economia brasileira nem às expectativas de nossos jovens”, argumenta Lopes, que preside o grupo.
O relator, deputado Wilson Filho (PMDB-PB), explica que o colegiado deve realizar, a partir de agosto, reuniões com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com técnicos da pasta, secretários de educação, gestores de centros de ensino, pesquisadores nacionais e estrangeiros, além de representantes de entidades que atuam na área. Um relatório preliminar, a ser elaborado até novembro, deverá nortear discussões a respeito do tema em diversos estados. A ideia é que o grupo chegue a uma proposta de alteração da legislação atual sobre o ensino médio até o final do próximo ano.
O relator, deputado Wilson Filho (PMDB-PB), explica que o colegiado deve realizar, a partir de agosto, reuniões com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com técnicos da pasta, secretários de educação, gestores de centros de ensino, pesquisadores nacionais e estrangeiros, além de representantes de entidades que atuam na área. Um relatório preliminar, a ser elaborado até novembro, deverá nortear discussões a respeito do tema em diversos estados. A ideia é que o grupo chegue a uma proposta de alteração da legislação atual sobre o ensino médio até o final do próximo ano.
Conteúdos obrigatórios
Amanda Feitoza é aluna de uma grande escola em Brasília, o Setor Leste. A menina, que pretende estudar medicina, reclama das aulas de física: "Não vou usar essa disciplina para nada, tenho certeza de que isso não fará parte do meu futuro profissional”. Para Roger Vila Nova, colega de Amanda, o problema está nas aulas de química: "Além de não entender todo o conteúdo, sei que nunca irei usá-lo”.
As queixas não são isoladas e boa parte dos estudantes não entende o porquê de determinados conteúdos escolares serem obrigatórios. O problema é que nem todos os alunos pretendem frequentar um curso superior e, além disso, muitas matérias são imediatamente esquecidas após a entrada na universidade. "O conflito aumenta a cada dia: a carga horária é intensa e a maior parte do conteúdo vira uma grande decoreba. Consequência disso é o desinteresse cada vez maior pelo ensino médio”, avalia o doutor em Educação e professor da Universidade de Brasília (UnB) Remi Castioni.
Uma saída possível é a estruturação das aulas a partir de áreas de conhecimento, como ciências, cultura, tecnologia e esporte. Cada estudante deveria, portanto, escolher a sua área de interesse, que seria priorizada na grade horária, sem deixar de lado os outros conteúdos. A medida já é implementada, com particularidades, em outros países, como a França, e recebe elogios de alguns alunos, como a Amanda: "A partir do momento em que escolhemos o que vamos estudar, damos valor para aquilo”.
A opção, no entanto, não é unânime. O professor de história Luiz Guilherme Batista acredita que a segmentação do ensino médio pode diminuir a qualidade do aprendizado e, pior, limitar as escolhas profissionais dos estudantes. "Um adolescente não pode definir com 15 anos o que será para o resto da vida. O atual ensino, apesar de seus defeitos, permite que o aluno tenha a chance de fazer uma opção mais ampla. Se ele não tiver acesso a informações gerais em boas aulas, que chance terá de gostar de filosofia, por exemplo?”, questiona.
http://www2.camara.gov.br/agencia/
Fonte: Agência Câmara
Fonte: Agência Câmara
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
A EDUCAÇÃO EM ANO ELEITORAL
Há vinte anos, quando o ministro Murílio Hingel assumiu a pasta da Educação no governo Itamar Franco, começou a mudar a prioridade na Educação brasileira. Com boas intenções, a Constituição de 1988 incumbira o governo central de manter o Ensino superior, com um número que depois aumentou de universidades federais, e atribuíra a Estados e municípios o Ensino básico. Traduzindo, a União paga as universidades, gastando nelas três quartos do seu orçamento com a Educação, enquanto os municípios mantêm os primeiros nove anos de Escolaridade (os antigos grupo e ginásio, depois segundo grau, hoje Ensino fundamental) e os Estados apoiam esse esforço, respondendo também pelo Ensino médio, antigo colegial. Há exceções, substanciais inclusive, mas o desenho constitucional é esse. A boa intenção foi pensar que, colocando a Educação mais importante, a de crianças e adolescentes, mais perto do eleitor, ela iria melhorar. O cidadão controlaria de perto a Educação dos seis aos dezoito anos, ou mesmo desde as Creches.
Ledo engano. Daí, surgiram inúmeros problemas. Muitos prefeitos e governadores não são capazes de dirigir sistemas educacionais - quanto mais, de conceber mudanças que valorizem o Professor e estimulem os Alunos. Na verdade, os maiores avanços da Educação básica nestes vinte anos, em que pesem as boas intenções de Murilio Hingel, Paulo Renato de Souza e Fernando Haddad, os ministros mais duradouros no cargo, foram apenas dois. Primeiro: priorizar na pauta de intenções do governo a Educação básica. Por ora, é uma intenção. Não é uma realização. Mas já é positivo aumentar a convicção de que essa Educação é a mais importante. Infelizmente, falta as famílias assumirem isso.
Segundo ganho: a decisão de avaliar a Educação. E a percepção de que, para tanto, precisamos de indicadores bons. Isso pode parecer óbvio. Como melhorar a Educação, sem uma avaliação constante? Mas o que não é óbvio é o modo de avaliar. Isso é muito difícil. Podemos, sim, fazer uma avaliação bastante básica dela - ver como as crianças menores se saem nas operações fundamentais da matemática e no português. Meu filho, aos oito anos, fez a Provinha Brasil, que eu baixei para ele. Acertou 23 das 24 questões. Uma amiguinha dele teve dificuldades com a última pergunta, que era como se escreve "quintal". Aliás, aproveito para recomendar aos pais que procurem, no site do INEP, as edições anteriores da Provinha e apliquem aos filhos de 7 a 9 anos. É uma brincadeira, mas fará que as famílias se envolvam mais com a Educação das crianças. Voltarei a este ponto. Mas lembro que, à medida que a pessoa cresce, é cada vez mais difícil avaliar, e a regra número 1 é que a avaliação não pode inibir iniciativas criativas e emancipadoras.
Use seu voto para melhorar a Educação básica
A avaliação dos sistemas educacionais foi um tema que dividiu, por muito tempo, o PSDB - que a defendia e implantou em escala federal - e o PT, que fechava com os sindicatos de Professores na resistência a ela. Entendia o PT, e hoje entendem os sindicatos Docentes, que a avaliação é injusta com os Professores, punindo-os por deficiências do sistema como um todo e só recompensando alguns deles, os melhores. Mas não há como melhorar a Educação, inclusive a remuneração dos profissionais, sem exigir deles um bom desempenho. Sempre fui defensor da qualidade. Achei muito bom que, no governo Lula, o PT mudasse de posição a respeito e, inclusive, aprimorasse os indicadores educacionais. (Vários sindicatos continuam contrários, o que hoje leva parte deles a apoiar os partidos ditos de extrema-esquerda).
Use seu voto para melhorar a Educação básica
A avaliação dos sistemas educacionais foi um tema que dividiu, por muito tempo, o PSDB - que a defendia e implantou em escala federal - e o PT, que fechava com os sindicatos de Professores na resistência a ela. Entendia o PT, e hoje entendem os sindicatos Docentes, que a avaliação é injusta com os Professores, punindo-os por deficiências do sistema como um todo e só recompensando alguns deles, os melhores. Mas não há como melhorar a Educação, inclusive a remuneração dos profissionais, sem exigir deles um bom desempenho. Sempre fui defensor da qualidade. Achei muito bom que, no governo Lula, o PT mudasse de posição a respeito e, inclusive, aprimorasse os indicadores educacionais. (Vários sindicatos continuam contrários, o que hoje leva parte deles a apoiar os partidos ditos de extrema-esquerda).
Recomendo aos pais: olhem no INEP a prova adequada à idade do filho, seja Provinha Brasil, Prova Brasil ou Enem. Peçam ao filho para fazê-la e o acompanhem. E por quê? Não é só para saber como está seu filho, embora isso seja fundamental. Mas é, sobretudo, porque a maior deficiência do Ensino brasileiro é que a sociedade não fez, dele, sua prioridade. Muitos consultores e jornalistas dizem que melhorar a Educação é condição para o país se desenvolver. Mas sejamos claros. A família pode ajudar na segurança, na saúde e na Educação. Pode ensinar os filhos a serem honestos e a se acautelarem dos criminosos. Deve educá-los a ter hábitos higiênicos e cuidar da saúde. Mas não pode substituir a polícia, o médico - nem, aliás, o Professor. Só que na Educação, a família pode fazer muito mais do que faz. Pode, numa palavra, mostrar que a Educação é importante.
Exemplo negativo: um conhecido meu, numa crise econômica, mudou os filhos de Escola porque a mensalidade estava cara. Só por isso. No mês seguinte, trocou o carro seu e da mulher. Que sinal ele deu para os filhos? Não precisa responder. Mas foi pior do que aquilo que mil governos ruins podem fazer.
Sugestão nestas eleições: vejam o que os candidatos a prefeito propõem para a Educação. Verifiquem se falam em merenda Escolar, transporte, pintura de Escolas. Se falarem só nisso ou principalmente nisso, fujam! Provavelmente, eles não têm ideia do que é a Educação. Claro que podem - e devem - falar desses pontos, mas o principal é a qualidade do Ensino. Vejam também se vão falar em tablets, internet e coisas que tais. Alerta! Esses instrumentos só são úteis se houver alguém que saiba usá-los. Confiram se falam em cursos para qualificar os Professores, em aumento de salário vinculado a cobrança de desempenho, e em incentivo aos Alunos para que tenham prazer estudando. Aprofundem estes pontos, para ver se eles entendem do que estão falando ou apenas repetem mantras de marqueteiros. Porque, se entenderem disso, podem ser prefeitos bons para a Educação.
(*) É professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo.
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/23525/opiniao-a-educacao-em-ano-eleitoral/
Fonte: Valor Econômico - Renato Janine Ribeiro
Fonte: Valor Econômico - Renato Janine Ribeiro
terça-feira, 7 de agosto de 2012
PROFESSORES PLANEJAM ATIVIDADES PARA ESTIMULAR ALUNOS NAS AULAS
Alunos com baixo rendimento, dificuldade de aprendizagem ou necessidades educacionais específicas participam das aulas de reforço oferecidas na Escola Municipal Monsenhor José Carneiro Pinto, em Paraisópolis, no sudoeste de Minas Gerais. Para ser incluído nas atividades de reforço, o estudante precisa demonstrar interesse e comprometimento. As aulas, opcionais, são realizadas no turno oposto (contraturno) ao das aulas regulares.
Para a professora Priscila Maria de Souza Brito, que leciona matemática em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, o reforço escolar contribui para a aprendizagem. "As atividades são planejadas de acordo com o conteúdo ministrado em sala”, diz. Se houver necessidade, os professores usam material da sala de recursos e trabalham com questões do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) e da Avaliação Nacional da Educação Básica, a Prova Brasil. Com licenciatura plena em matemática, Priscila está no magistério desde 2009. Ela trabalha também na Escola Estadual João Ribeiro da Silva, em Gonçalves, município vizinho de Paraisópolis.
Segundo o professor Wilson Rossett, diretor da escola Monsenhor José Carneiro Pinto, as aulas de reforço contam com o apoio voluntário dos professores. São oferecidas todas as disciplinas nas quais os alunos apresentam dificuldades. "Sempre que possível, os estudantes são atendidos individualmente”, destaca.
Wilson tem licenciatura plena em matemática e pós-graduação em metodologia de ensino de matemática e física. Há nove anos no magistério, está há dois na direção da escola, que tem 160 alunos matriculados na educação infantil e no ensino fundamental.
Outro professor envolvido é Marcelo Benedito de Souza, que leciona geografia e artes. Ele não trabalha especificamente com aulas de reforço, mas desenvolve atividades virtuais, por meio de imagens e de textos que aproximam o aluno do conteúdo ministrado em sala de aula, o que resulta em reforço do aprendizado.
Pedagogo, com especialização em gestão de pessoas e projetos sociais, e geógrafo, com especialização em educação ambiental, Marcelo tem 16 anos de magistério. "Deixo as atividades virtuais livres, embora procure incentivar os estudantes a fazê-las”, salienta. "Sempre que o aluno desenvolve as atividades em sala e fica ocioso, deixo que aproveite o tempo, quando há computadores disponíveis, para fazer as atividades.”
Na visão de Marcelo, ao realizar atividades virtuais, o aluno passa a ter um conhecimento geográfico mais amplo e real. "Pode-se dizer que o conhecimento se torna mais palpável e passível de interação”, diz.
Fonte: MEC
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
PROFESSOR É QUEM MAIS INFLUENCIA LEITORES
Se o País quiser melhorar o índice de leitura dos seus habitantes, é fundamental investir na capacitação do Professor para esse fim. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro no ano passado, mostrou que os Professores são os maiores influenciadores desse hábito. Entre as 5 mil pessoas ouvidas em todo o Brasil, 45% apontaram os mestres como tal.
Essa foi a terceira pesquisa da série (iniciada em 2001) e, pela primeira vez, os Docentes aparecem no topo da lista. No levantamento anterior, feito em 2007, as mães eram a figura mais lembrada nesse quesito. Elas apareciam com 49% das indicações, ante 33% dos Professores. Dessa vez, tiveram dois pontos porcentuais a menos que eles: 43%.
"Isso mostra a crescente importância da Escola frente ao papel dos pais, que muitas vezes não conseguem dar esse exemplo", afirma Karine Pansa, presidente do Instituto Pró-Livro. "Logo, se tem esse status de influenciador, o Professor precisa ser letrado, gostar de ler."
No Brasil, no entanto, muita gente ainda corre dos livros. O resultado da pesquisa mostrou que apenas 50% dos brasileiros são considerados leitores - segundo a metodologia, pessoas que leram pelo menos um livro nos três meses precedentes ao questionário da pesquisa. É um índice menor que os 55% registrados em 2007.
Nesses quatro anos, o número de livros lidos por ano também caiu de 4,7 para 4. A queda pode ser entendida pela preferência das atividades de lazer. Em 2011, 28% disseram gostar de ler jornais, revistas, livros e textos na internet no tempo livre. O porcentual era de 36% na pesquisa anterior, em 2007. Enquanto isso, o índice de quem gosta de assistir à TV subiu de 77% para 85%.
"Estamos muito longe de alcançarmos países historicamente leitores, como Espanha e Portugal, que registram 10,3 e 8,5 livros/ano por habitante, respectivamente", diz Karen. No Brasil, são os livros didáticos, lidos por obrigação, os campeões.
Biblioteca. Um antídoto para isso, explica Karen, é exatamente o estímulo à biblioteca, equipamento ainda em desuso por aqui. "Precisamos ter estratégias. O público vai se interessar por um acervo bem catalogado, que tenha os livros mais vendidos, uma estante de obras que sempre se renove", diz.
A pesquisa mostrou que 75% da população não frequenta uma biblioteca. Dentre os que frequentam, a maioria (71%) considera o espaço um lugar para estudar; para 61% é um lugar para pesquisa; em seguida, aparece como um ambiente voltado para estudantes para 28% dos entrevistados; e, em quarto, com 17%, a biblioteca é apontada como um local para emprestar livros de literatura.
"Isso nos leva a pensar que se deve estabelecer modelos mais atrativos, com internet e filmes, por exemplo. E eu não acho que isso vá tirar o foco do local. Pelo contrário, serve de isca. A pessoa entra sem pensar no livro e sai de lá apaixonada por literatura."
"Isso nos leva a pensar que se deve estabelecer modelos mais atrativos, com internet e filmes, por exemplo. E eu não acho que isso vá tirar o foco do local. Pelo contrário, serve de isca. A pessoa entra sem pensar no livro e sai de lá apaixonada por literatura."
http://www.estadao.com.br/
Fonte: O Estado de S. Paulo
Fonte: O Estado de S. Paulo
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
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