“Não dê tempo para a dengue!” é o tema da
campanha de combate à dengue deste verão, apresentado pelo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, na
última terça-feira, 19 de novembro. A campanha tem como objetivo mostrar que a
prevenção leva pouco tempo, mas o suficiente para proteger familiares e vizinhos.
Com a proximidade das férias e festas de final de ano, o Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ) da Secretaria da Saúde de Limeira alerta a população quanto ao
fechamento correto dos imóveis para viagens ou férias coletivas, evitando focos
do mosquito transmissor da dengue, o Aedes
aegypti. Neste ano, foram registrados no município, segundo o CCZ,
2.063 casos positivos da doença.
“Com a participação de todos, podemos mudar
esse quadro e ficar livres da dengue”, acredita o médico veterinário do CCZ
Hilton Lang. “Estamos entrando na época de maior risco de dengue, que é marcada
pelo aumento da infestação do mosquito transmissor devido ao calor e à
ocorrência de chuvas, além da maior circulação de pessoas por causa das férias,
as quais podem
contrair a dengue nas viagens e transmitir para outras pessoas pela picada da
fêmea do mosquito ao retornar para a cidade”.
Antes de fechar o imóvel, o CCZ orienta o
proprietário a certificar que não deixou nada que possa servir de criadouro
para o mosquito. Ao ficar sem uso, até os vasos sanitários costumam servir de
criadouro para a fêmea do mosquito da dengue, que coloca seus ovos em água
parada. “Outros objetos e locais também merecem atenção, já que o imóvel ficará
fechado por vários dias, como os ralos, caixas d’água, calhas, canaletas de
água da chuva, lixo, entulho e recicláveis, além dos famosos pratos e vasos de
plantas”, informa Lang.
Segundo o médico veterinário, para evitar a
proliferação, é preciso vistoriar tanto a parte interna quanto a externa do
imóvel, lembrando que o mosquito mede apenas meio centímetro e pode passar por
qualquer vão (confira mais
orientações abaixo). Ao retornar, as vistorias semanais devem ser
mantidas, para garantir que o imóvel continue livre de criadouros. Também é
preciso ficar atento aos sintomas da dengue. A doença causa febre acompanhada
de um ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, no corpo e no fundo dos
olhos, falta de apetite e, em alguns casos, manchas vermelhas, diarreia e
vômito.
Lang ressalta que a pessoa que já teve a
doença corre o risco de desenvolver a dengue hemorrágica, que é a forma mais
grave da doença e pode levar à morte. “Se a pessoa tiver o diagnóstico de
dengue e apresentar dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes,
sangramento pelo nariz, boca e gengiva, sede excessiva e boca seca, deve
retornar imediatamente a uma Unidade Básica de Saúde”, alerta.
Veja os cuidados que devem ser tomados
antes de viajar:
* Vede os vasos sanitários que ficarão sem
uso, os ralos internos e a caixa d’água, podendo ser utilizados tela de
mosqueteiro, plástico ou outro objeto que garanta que a fêmea não consiga
entrar para colocar seus ovos;
* Limpe e desentupa calhas e canaletas de
água de chuva. Providencie também a poda de árvores que possam voltar a causar
novo entupimento neste período;
* Coloque tampas nas lixeiras e as deixe em
local coberto;
* Elimine entulho de construção, pneus e
outros objetos sem serventia;
* Encaminhe para reciclagem materiais
coletados ou guarde-os em local coberto;
* Retire os pratos dos vasos ou encha-os de
areia;
* Elimine plantas na água, plantando-as em
vasos ou no jardim;
* Seque e guarde em local coberto os
brinquedos, utensílios e objetos úteis;
* Caso algum funcionário seja escalado para
trabalhar no período, oriente-o a fazer pelo menos uma vistoria por semana para
manter o local totalmente livre de criadouros;
* Oriente alunos, funcionários e outros
frequentadores a não deixarem lixo espalhado, facilitando o trabalho do pessoal
da limpeza, o que lhes proporcionará mais tempo para cuidarem das situações
mais críticas.
Dúvidas podem ser sanadas pelos telefones do
CCZ, (19) 3441-3548 ou 3451-3546.
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