
De acordo com Adriana, atualmente 70 alunos são atendidos no João Fischer - área visual. "Atendemos a partir de zero ano até a idade adulta", disse ela. Vários projetos são desenvolvidos junto aos alunos, como pedagógico, psicológico, de informática para cegos total e com baixa visão, e mobilidade. O espaço conta também com biblioteca e brinquedoteca.
Terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudióloga, psicóloga, assistente social, educador de projeto social, estagiárias de psicologia e monitor de informática compõem o quadro de funcionários.
A novidade para este ano, segundo a coordenadora, é o desenvolvimento do projeto psicossocial, um trabalho de atividades e atendimentos em conjunto entre assistente social e psicóloga. Outro assunto abordado com os pais e alunos é a possível mudança de prédio da unidade.
A psicóloga enfatizou a importância da presença dos alunos durante as aulas. "É necessário que vocês venham para as aulas e participem das atividades para que os objetivos sejam alcançados", disse.
Já a assistente social abordou o trabalho em conjunto para a construção da inclusão. "O maior pilar da construção é a família. Nós, do João Fischer, somos facilitadores do processo de inclusão. A equipe só vai conseguir atingir a meta com a ajuda e empenho de vocês", lembrou.
"Juntos, vamos construir o novo, buscando ser melhor e mais feliz", acrescentou Marita.
Maísa Regina Pires acompanhou sua mãe, Elisabeth Gonçalves da Silva Pires, 52 anos, que perdeu a visão há cerca de 10 anos, devido à diabetes. "Quando minha mãe ficou cega, ela entrou em depressão, o que já foi superado. Aqui no João Fischer, minha mãe aprendeu a viver novamente. Hoje ela cozinha e limpa a casa. Ela também fez muitas amizades aqui", contou Maísa.
Atualmente, monitor de informática do João Fischer, André da Silva Nascimento, 24, começou a frequentar a unidade com quatro meses de vida. Ele, que nasceu cego e possui mais dois irmãos com a mesma deficiência, disse que a estrutura da família junto às atividades do João Fischer o tornou uma pessoa melhor. "Aqui no João Fischer eu fui alfabetizado e recebi orientações de mobilidade. Hoje tenho uma vida normal e ando sozinho para onde quiser". Nascimento cursou a faculdade de Recursos Humanos e hoje ministra aulas de informática para alunos cegos do João Fischer. Ele acredita que o fato da família não tem imposto limites, fez com que ele alcançasse seus objetivos. "Minha mãe sempre cuidou muito bem de mim, mas ela sempre dizia que eu não ia conseguir se não tentasse. Por isso enfrentei os desafios com confiança".
Crédito Fotográfico: Wagner Morente
Crédito Jornalístico: Carolina Avi
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