O perfil de excelência na pós-graduação de Física pode acentuar o quadro de deficiências no número de professores da área na educação básica. Os recém-formados da graduação prefeririam investir na pesquisa acadêmica a dar aulas nas escolas. Os principais motivos seriam a falta de valorização e os baixos salários, avalia Sergio Ribeiro Teixeira, coordenador de pós-graduação em Física da UFRGS.
Dados do Ministério da Educação (MEC) mostram que são necessários pelo menos 56 mil professores na área. E, dos que ingressaram na faculdade, apenas 40% concluem o curso.
E parece ser difícil reverter esse quadro a curto prazo. Pesquisa realizada na Faculdade de Educação da USP indica que 52% dos alunos de licenciatura em Física não pensam ou têm dúvidas em ser professores.
A autora da pesquisa, a pedagoga Luciana França Leme, alerta que os cursos de Física precisam conciliar mais a pesquisa com a formação de professores para a educação básica. / D.L.
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