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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Justiça bloqueia bens de presidente de fundação ligada a Alckmin


A Justiça decidiu nesta terça-feira o afastamento imediato e o bloqueio dos bens do presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz. Ortiz é aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e seu filho, José Bernardo Ortiz Junior, é candidato à prefeitura de Taubaté, em São Paulo, pelo PSDB, mesmo partido de Alckmin.
Ortiz é acusado pelo Ministério Público Estadual por formação de cartel ao superfaturar cerca de R$ 11,5 milhões na compra de 3,5 milhões de mochilas em licitação da FDE. Ele deverá ficar afastado por 240 dias e o bloqueio de bens atinge mais de de R$ 139,6 milhões. A ordem é do juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14.ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
Alckmin nomeou Ortiz para o cargo de presidente da FDE em janeiro de 2011. Ele já havia sido condenado judicialmente por ato de improbidade administrativa. Ortiz teve três mandatos de prefeito de Taubaté, que somam 14 anos de gestão.
Em nota, a FDE afirmou que, há cinco dias, Ortiz já havia pedido afastamento do seu cargo "para não deixar nenhuma suspeita de interferência" nas investigações. A fundação também rechaçou as acusações de superfaturamento. Como exemplo, citou as mochilas adquiridas para alunos do ciclo I do ensino fundamental, que teriam custado R$ 6,50. Em comparação, a FDE diz que outras cidades do Estado compraram o mesmo material por valores superiores a R$ 20.
"Após o encerramento do pregão eletrônico da FDE, a negociação levada a efeito pela presidência do órgão na compra das mochilas ainda propiciou aos cofres públicos uma economia de R$ 4,5 milhões", afirma a fundação, em nota. Ainda segundo o comunicado, as cláusulas da licitação mantiveram "a mesma redação" de editais usados, para a mesma finalidade, em anos anteriores.

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