Duas palestras marcaram a abertura da 6ª
Conferência Municipal da Saúde, realizada na noite da última sexta-feira, 30 de
agosto, no Teatro Nair Belo. A conferência, que teve como tema “SUS – Nosso
Maior Patrimônio: da realidade ao ideal” e como lema “Confirmar o correto,
modificar o errado e construir o novo”, prosseguiu durante todo o sábado, dia
31.

Antes das palestras, houve a votação para
aprovação do Regimento da 6ª Conferência Municipal da Saúde. Para Vera, que
atua no conselho há 16 anos, a conferência é o auge do trabalho realizado.
“Neste momento, lembramo-nos de tudo o que passamos e temos a consciência de
que fazemos tudo o que podemos e também refletimos sobre tudo o que aconteceu”,
disse.
A presidente Ivanice Santos lembrou os temas
das conferências anteriores, que acontecem a cada quatro anos com
representantes de vários segmentos da sociedade. “O conselho é composto por
representantes do governo, profissionais da saúde e usuários do Sistema Único
de Saúde (SUS)”, explicou.
A Conferência da Saúde foi instituída pela
lei federal nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. “O tema desta conferência foi
muito bem escolhido pela comissão organizadora, pois reflete o teor das
discussões”, Faria Junior. Precederam a Conferência Municipal da Saúde 30
pré-conferências. O presidente da Câmara desejou em sua fala que a conferência
fosse rica em novas e boas experiências para que haja evolução no serviço de
saúde pública.
Segundo o prefeito, que agradeceu a presença
dos palestrantes, os doutores Gilson Carvalho e Maria do Carmo Cabral
Carpinteiro, a linha do atual governo é de muita participação e debate, com a
realização de conferências e audiências que já ocorreram e outras que ainda
serão realizadas, como a Audiência Pública sobre Iluminação, para evitar ao
máximo possíveis erros no processo de governabilidade. “É impossível construir
melhorias sem a participação dos três entes federativos. O ente federativo do
Estado tem sido demasiadamente omisso e o município é o ente que tudo abraça.
Há muito que mudar e aprimorar”.
Hadich lembrou algumas mudanças realizadas em
seu governo, que facilitaram a vida dos usuários do SUS, como a
descentralização do Cartão SUS, por exemplo.
Palestras
O médico pediatra e de saúde pública Gilson
Carvalho falou sobre o tema “Controle Social e a importância do SUS”. Para ele,
o objetivo do SUS é ajudar a pessoa a viver mais e melhor. “Não há no mundo
nenhum sistema de saúde desse tamanho”, disse. “Se o SUS é nosso patrimônio,
temos que lutar para que haja mais investimento para que, a cada dia, seja
melhor e mais suficiente”.
Carvalho listou alguns focos a serem
seguidos, como cuidar dos agravos e doenças agudas; cuidar das condições
crônicas, como obesos e hipertensos; além de cuidar das doenças crônicas e
degenerativas, entre outros.
Já a palestrante Maria do Carmo Cabral
Carpinteiro abordou a questão do planejamento das ações. “Só planeja quem
conhece a realidade e sabe aonde quer chegar”. Segundo ela, o Plano de Saúde
deve ser a expressão das políticas e dos compromissos de saúde numa determinada
esfera de gestão.
Maria do Carmo apresentou algumas pistas para
o bom planejamento, como integrar as diversas áreas no governo e no território;
criar espaços para que as diferenças apareçam e explicitar conflitos; criar
outras formas de participação, além dos conselhos e conferências; utilizar a
informação e ferramentas de geoprocessamento; informar cotidianamente,
minuciosamente e didaticamente todos os conselheiros e trabalhadores; ter
política de educação permanente para trabalhadores e usar técnicas de
planejamento simplificado e participativo, entre outras. “Planejar é obrigação
do gestor, mas isso não quer dizer que ele fará isso sozinho. O conselho é para
fiscalizar, mas também para planejar”.
Discussão em grupos
Já no sábado, dia 31, grupos de trabalho
discutiram sobre Atenção Básica (Assistência, Prevenção e Promoção da Saúde),
Vigilância à Saúde (Epidemiológica, Sanitária e Ambiental, Zoonoses e Saúde do
Trabalhador), Assistência Hospitalar, Controle Social, Atenção Secundária e
Recursos Humanos.
Uma plenária final contou com a presença de
42 usuários, 28 trabalhadores e 14 gestores e na qual foi realizada a
apreciação do relatório final, definindo diretrizes para elaboração da política
de saúde de Limeira. As moções encaminhadas por parte dos delegados e
observadores também foram apreciadas.
Todos os participantes receberam certificado ao
término da conferência.
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