Prefeito
tem um mês para sancionar ou vetar projeto de lei que institui o serviço na
rede municipal Fabio Pagotto
A Câmara
Municipal aprovou na terça-feira a inclusão de assistência pscicopedagógica nas
escolas municipais de São Paulo. O prefeito Fernando Haddad tem 30 dias para
aprovar ou vetar a proposta que inclui nas escolas a presença do psicopedagogo,
profissional especializado no tratamento de dificuldades de aprendizagem.
“Era uma
lacuna a ser preenchida no ensino público, uma vez que nas instituições
particulares o profissional de psicopedagogia integra o corpo docente”, afirmou
o autor do PL (Projeto de Lei) 11/2005, que inclui o psicopedagogo na rede
municipal de ensino, o vereador Antonio Goulart (PSD).
Segundo o
vereador, o projeto visa principalmente melhorar o desempenho e evitar a
desistência precoce dos alunos nas escolas. “O psicopedagogo é o profissional
indicado para diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem nos alunos, que
podem culminar em casos mais extremos, como atitudes agressivas contra os
colegas de classe e professores”, diz Goulart.
Para o
vereador, a presença do psicopedagogo pode ajudar a evitar tragédias como a que
ocorreu no Rio de Janeiro em abril de 2011, em uma escola municipal no bairro
do Realengo, quando o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos,
matou 12 alunos a tiros. “O jovem que invadiu a escola e atirou nos alunos
tinha estudado nessa mesma instituição. Se tivesse um profissional para
perceber as dificuldades psicológicas, as chances de acontecer essa tragédia
seriam muito menores”, disse Goulart.
O
vereador acredita que o prefeito sancionará o projeto. “A expectativa é
positiva, até porque o projeto deixa a cargo do Executivo a melhor forma para a
regulamentação”, diz.
Outro
projeto inclui alimento orgânico na merenda escolar
Outro
projeto que seguiu para sanção ou veto do prefeito na terça-feira é o do vereador
Gilberto Natalini (PV), que destina 30% da verba da merenda escolar das escolas
municipais para a compra de alimentos de cultivo orgânico.
De acordo
com o PL (Projeto de Lei) 447/2011, a Prefeitura deverá optar por produtores
localizados no município, quando houver igualdade de preços e de qualidade e
prazo de entrega.
De acordo
com o PL, o poder público poderá estabelecer critérios próprios para a
certificação dos alimentos ou usar os estabelecidos na Lei Federal 10.831.
Segundo a
justificativa do projeto, o objetivo da medida é estimular a produção de
alimentos de origem orgânica na cidade. “É uma forma de aumentar a demanda por
esses alimentos, que encontram mercado em nicho restrito”, diz o texto.
Em 2012,
a Prefeitura recebeu R$ 72 milhões do Pnae (Programa Nacional de Alimentação
Escolar) para a compra de merenda escolar, segundo dados do governo federal.
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