Limeira
contabiliza até o momento 504 casos positivos de dengue em 2013. O primeiro
caso foi registrado em janeiro. Para o médico veterinário do Centro de Controle
de Zoonoses (CCZ) Hilton Lang, a dengue chegou muito cedo à cidade. “A baixa de
registros acontece no final de maio, começo de junho. Precisamos nos
conscientizar que a dengue pode matar, ela mata e já está matando”, alertou.
Hilton
refere-se a um homem de 58 anos, que faleceu em Sumaré no último dia 7, vítima
de dengue. “Temos que tomar cuidado não só com os casos no nosso município, mas
também em cidades vizinhas, pois muitas pessoas trabalham em outras cidades e
podem trazer a doença para Limeira”, disse.
Ao
sentir dois ou mais sintomas da doença, como febre alta, dor de cabeça, dor
atrás dos olhos, dor no corpo e nas juntas, e manchas vermelhas no corpo, a
pessoa, segundo o médico veterinário, deve procurar imediatamente a Unidade
Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e não se automedicar. “Os
sintomas da dengue são muito parecidos com os de uma gripe comum, por isso, ao
suspeitar da doença, a pessoa deve procurar atendimento médico, pois ele saberá
diagnosticar e prescrever o tratamento correto”, ressaltou.
Dores
abdominais, vômitos e qualquer tipo de sangramento são sintomas da forma grave
da doença.
Helenice
dos Passos, agente de combate de endemias do CCZ, vistoria diariamente
residências em busca de criadouros, além de terrenos particulares que não
estejam cercados. “Os locais onde mais eu encontro larvas são nos pratinhos de
vasos de plantas e baldes que ficam no quintal”, disse a agente.
Durante
vistoria realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, Helenice encontrou
isopor, balde e concreto em um terreno particular. “O proprietário também deve
cuidar do seu terreno, pois ele pode não morar no local, mas possuir vizinhos
que, mesmo cuidando da casa onde moram, podem ser picados pelo mosquito Aedes
aegypti desenvolvido no terreno”.
No
caso de residências fechadas, Helenice explica que o agente anota o endereço e
o horário da visita, retornando no outro dia.
Para
o morador do Jardim Santa Eulália, José Pereira, de 53 anos, o trabalho
desenvolvido pelos agentes é ótimo e necessário. Pereira e seus familiares não
foram vítimas da doença, mas ele está atento e vistoria sua casa semanalmente.
Para
Kettelen Fernanda Reis, de 19 anos, moradora do mesmo bairro, a visita dos
agentes é muito importante, pois nem todas as pessoas fazem sua parte. “Nem eu,
nem ninguém da minha família teve a doença, mas sabemos da importância de
cuidar da nossa casa. Se cada morador olhasse seu quintal, certamente os casos
positivos seriam menores”.
Além
do poder público, o trabalho preventivo pode e deve ser realizado por cada
morador, eliminando ou furando o prato do vaso; guardando garrafas sempre de
cabeça para baixo; e mantendo limpa e bem fechada a caixa d’água. “No caso da
caixa d’água, uma dica é colocar uma meia de seda no cano ‘ladrão’, impedindo a
proliferação do mosquito”, orientou a bióloga do Centro de Controle Zoonoses,
Daniela Terossi.
Outras
ações simples são: manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de
animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; remover as folhas,
galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas; não deixar
acumular água da chuva sobre a laje; entre outras ações (confira no folder
em anexo).
Oséias
Faria, de 25 anos, mudou-se para Limeira, no Jardim Santa Eulália, há pouco
tempo e recebeu todas as orientações da agente Helenice. “Temos que tomar
cuidado, pois a dengue está em todo país e nos lugares que a gente menos espera
em nossas casas”, disse.
Lang
explica que, além do trabalho Casa a Casa, o CCZ também realiza o Bloqueio.
“Quando uma pessoa é diagnosticada com dengue, agentes de saúde atuam na quadra
onde a pessoa mora e em mais oito quadras ao redor. Este é o trabalho de
Bloqueio, impedindo que o mosquito faça novas vítimas”, detalhou.
Segundo
Daniela, funcionários da Ouvidoria da Secretaria da Saúde foram treinados para
fornecer informações aos munícipes que tiverem dúvidas em relação à doença. Os
telefones da Ouvidoria são 0800-776-3344 (ligação não tarifada) e 3497-3344
(ligação tarifada).
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