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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Limeira registra 504 casos positivos de dengue; população também deve colaborar no combate à doença


Limeira contabiliza até o momento 504 casos positivos de dengue em 2013. O primeiro caso foi registrado em janeiro. Para o médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Hilton Lang, a dengue chegou muito cedo à cidade. “A baixa de registros acontece no final de maio, começo de junho. Precisamos nos conscientizar que a dengue pode matar, ela mata e já está matando”, alertou.

Hilton refere-se a um homem de 58 anos, que faleceu em Sumaré no último dia 7, vítima de dengue. “Temos que tomar cuidado não só com os casos no nosso município, mas também em cidades vizinhas, pois muitas pessoas trabalham em outras cidades e podem trazer a doença para Limeira”, disse.

Ao sentir dois ou mais sintomas da doença, como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo e nas juntas, e manchas vermelhas no corpo, a pessoa, segundo o médico veterinário, deve procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e não se automedicar. “Os sintomas da dengue são muito parecidos com os de uma gripe comum, por isso, ao suspeitar da doença, a pessoa deve procurar atendimento médico, pois ele saberá diagnosticar e prescrever o tratamento correto”, ressaltou.

Dores abdominais, vômitos e qualquer tipo de sangramento são sintomas da forma grave da doença.

Helenice dos Passos, agente de combate de endemias do CCZ, vistoria diariamente residências em busca de criadouros, além de terrenos particulares que não estejam cercados. “Os locais onde mais eu encontro larvas são nos pratinhos de vasos de plantas e baldes que ficam no quintal”, disse a agente.

Durante vistoria realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, Helenice encontrou isopor, balde e concreto em um terreno particular. “O proprietário também deve cuidar do seu terreno, pois ele pode não morar no local, mas possuir vizinhos que, mesmo cuidando da casa onde moram, podem ser picados pelo mosquito Aedes aegypti desenvolvido no terreno”.

No caso de residências fechadas, Helenice explica que o agente anota o endereço e o horário da visita, retornando no outro dia.

Para o morador do Jardim Santa Eulália, José Pereira, de 53 anos, o trabalho desenvolvido pelos agentes é ótimo e necessário. Pereira e seus familiares não foram vítimas da doença, mas ele está atento e vistoria sua casa semanalmente.

Para Kettelen Fernanda Reis, de 19 anos, moradora do mesmo bairro, a visita dos agentes é muito importante, pois nem todas as pessoas fazem sua parte. “Nem eu, nem ninguém da minha família teve a doença, mas sabemos da importância de cuidar da nossa casa. Se cada morador olhasse seu quintal, certamente os casos positivos seriam menores”.

Além do poder público, o trabalho preventivo pode e deve ser realizado por cada morador, eliminando ou furando o prato do vaso; guardando garrafas sempre de cabeça para baixo; e mantendo limpa e bem fechada a caixa d’água. “No caso da caixa d’água, uma dica é colocar uma meia de seda no cano ‘ladrão’, impedindo a proliferação do mosquito”, orientou a bióloga do Centro de Controle Zoonoses, Daniela Terossi.

Outras ações simples são: manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; remover as folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas; não deixar acumular água da chuva sobre a laje; entre outras ações (confira no folder em anexo).

Oséias Faria, de 25 anos, mudou-se para Limeira, no Jardim Santa Eulália, há pouco tempo e recebeu todas as orientações da agente Helenice. “Temos que tomar cuidado, pois a dengue está em todo país e nos lugares que a gente menos espera em nossas casas”, disse.

Lang explica que, além do trabalho Casa a Casa, o CCZ também realiza o Bloqueio. “Quando uma pessoa é diagnosticada com dengue, agentes de saúde atuam na quadra onde a pessoa mora e em mais oito quadras ao redor. Este é o trabalho de Bloqueio, impedindo que o mosquito faça novas vítimas”, detalhou.

Segundo Daniela, funcionários da Ouvidoria da Secretaria da Saúde foram treinados para fornecer informações aos munícipes que tiverem dúvidas em relação à doença. Os telefones da Ouvidoria são 0800-776-3344 (ligação não tarifada) e 3497-3344 (ligação tarifada).

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